O verdadeiro sentido do sucesso

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

AMOR ETERNO


Já não me contenta a paixão vã
Dessas que a juventude acende e nela mesmo se apaga.
Não quero mais o amor pequenino,
Desses que a gente vê no menino.
Eu quero um amor graúdo, desses com conteúdo;
Que nem mensurar se pode.
Quero um amor infinito, que não seja apenas bonito.
Que arrebata apesar de sereno,
Que acaudala apesar de ameno.
Eu quero um amor sem retorno, belo, que enfeite a paixão.
Não como um simples adorno;
Mas que me enleve com os pés no chão.
Um amor que se vê com os olhos da alma,
Que o sentimos com calma, aquecer como o sol,
Alisar como a brisa e beijar como a ave,
Que plaina suave em coluio com a flor.
Eu quero um amor efetivo, leve, alusivo à candura.
Dos que ignoram a dor e deixam a alma pura.
Quero ao amor dedicar-me; jamais deixá-lo mornar.
Ah! o amor, jamais ele deve esfriar,
Mesmo sem chama ele ferve.
Jamais se aparta nem morre;
Tal qual o poeta, orador e a verve,
O amor jamais esmaece, tal cor quando se diz que morre.
Às vezes até adoece, e parece perder o norte.
Ainda assim ele vela o outro amor quando dorme.
E o ilumina com um brilho enorme,
Mesmo quedo ainda assim ele é forte.
Ante as rusgas e farpas do orgulho,
Ele é manso, pacífico, ele é terno.
Pois sabe que o amor que ele ama
É durável, infinito e eterno.

Aveli Valdo Modesto