Já não me
contenta a paixão vã
Dessas que a
juventude acende e nela mesmo se apaga.
Não quero
mais o amor pequenino,
Desses que a
gente vê no menino.
Eu quero um
amor graúdo, desses com conteúdo;
Que nem
mensurar se pode.
Quero um amor
infinito, que não seja apenas bonito.
Que arrebata
apesar de sereno,
Que acaudala
apesar de ameno.
Eu quero um
amor sem retorno, belo, que enfeite a paixão.
Não como um
simples adorno;
Mas que me
enleve com os pés no chão.
Um amor que
se vê com os olhos da alma,
Que o
sentimos com calma, aquecer como o sol,
Alisar como
a brisa e beijar como a ave,
Que plaina
suave em coluio com a flor.
Eu quero um
amor efetivo, leve, alusivo à candura.
Dos que
ignoram a dor e deixam a alma pura.
Quero ao
amor dedicar-me; jamais deixá-lo mornar.
Ah! o amor,
jamais ele deve esfriar,
Mesmo sem
chama ele ferve.
Jamais se
aparta nem morre;
Tal qual o
poeta, orador e a verve,
O amor
jamais esmaece, tal cor quando se diz que morre.
Às vezes até
adoece, e parece perder o norte.
Ainda assim ele
vela o outro amor quando dorme.
E o ilumina
com um brilho enorme,
Mesmo quedo
ainda assim ele é forte.
Ante as
rusgas e farpas do orgulho,
Ele é manso,
pacífico, ele é terno.
Pois sabe
que o amor que ele ama
É durável,
infinito e eterno.
Aveli Valdo
Modesto
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