O verdadeiro sentido do sucesso

sábado, 6 de julho de 2013

CONFLITO


Como saber se logo existo se já não tenho o que pensar
Como saber se nada sou se nem ao menos sei que estou
De onde vim será que sabem aonde eu vou?
Não penso nem no vir a ser, pois inda estou no amanhã.
A mente sã no corpo são só me convida ao animal.
O certo é errado em cada gesto e mesmo assim ainda contesto
O que parece racional.
Porque amedronta sem querer o meu pensar?
Quando terei um ideal sem controvérsia?
Por mais que eu corra mal consigo me arrastar.
Porque matéria atrai matéria para inércia?
Do prazeroso ao bem querer é o que consigo.
O que me atrai é o que deixei de aproveitar.
Sem cogitar a transcendência do presente
Sigo.
O certo, eu sei, é sempre ír com consciência.
Galgando airoso resoluto o ascendente 
Vejo-me em vulto caminhando na cadência
A grande teia alvorecente do infinito.
Vejo um consolo fervilhando em minha mente
Vendo-me ontem me arrisquei a aqui chegar 
Por que será que vim buscar o mais bonito?
Será que alguém pode dizer-me quem eu sou? 
Que tenho eu aqui na terra a resgatar?
De onde vim, que faço aqui, prá onde vou?
Avelivaldo Modesto
06/07/2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

LIBERDADE

A liberdade tem sido almejada por muitos e poucos a compreendem, todos buscam a tal “liberta quae sera tamen” de qualquer forma, acreditando e com razão, que uma vez liberto a felicidade é sequencial. O problema começa quando buscamos a liberdade atabalhoadamente, de qualquer forma, confundindo as liberdades ou ignorando-as pela sutilidade que muitas vezes as emolduram.
Cada canto do mundo interpreta a liberdade ao seu bel prazer. Na França, com a Revolução Francesa Eugène Delacroix  emoldurou a sugestiva e bela pintura “A Liberdade Guiando o Povo” (em francês: La Liberté guidant le peuple) que o autor achou pertinente para traduzir o momento histórico no seu pais. No Brasil entende-se como liberdade diferente da liberdade entendida nos EEUU, que diverge da China, que é diversa da Itália e assim por diante. Os Hebreus achavam que a bendita liberdade viria com a chegada do Messias, enviado por Deus, em uma carruagem de fogo que os libertariam do jugo Romano. Porque essa divergência tão grande sobre esse tema? Afinal, o que é ser livre?
A Constituição Federal do Brasil, conhecida como “Constituição Cidadã” deixa evidenciada no art. 5º, a preocupação que os Constituintes tinham com a liberdade e a democracia no estado brasileiro. Instrui-nos o inciso VI: É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; no IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. E por último e o mais importante no que toca ao físico, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Observa-se, nesses incisos a tentativa de abranger todos os tipos possíveis de liberdade. Inclusive a de consciência. Só que tem um detalhe, as leis não têm o condão de efetivar e controlar atitudes. São apenas normas que, mesmo apresentando nos tipos que as compõem as cominações penais legais, não são suficientes para impedirem a infração. No que tange à matéria, portanto, tudo é imprevisível, é inconstante e mutável. Permanecem inalteradas, em assim sendo, as limitações econômicas, sociais, legais e psicológicas.
Há que se admitir a liberdade, no sentido restrito, ou seja, da individualidade do ser que não apresenta controvérsia. Resta lembrar que o direito de um termina quando começa o direito do outro, ou seja, a liberdade de um é sempre limitada pelo direito do outro.
Em se tratando de um planeta onde tudo é relativo, inclusive o livre arbítrio, há de se admitir que tenhamos também, relativamente cerceadas, as vontades que adentram as vontades alheias.
Resta-nos o entendimento de que a liberdade real está no âmago do ser. A Neofobia, o medo do novo, nos impede de avaliar novas ideias e preferirmos nos manter arraigados ao campo sensorial mais básico prescindindo da transcendência para ir além.
04/06/2013
Aveli Valdo Modesto



domingo, 12 de maio de 2013


POEMA DAS MÃES

Mãe nossa que estás na terra.

Sinonímia do amor que O Pai enviou.

És tu a seta do afeto que atinge direto meu coração.

Que dorme acordada velando meu ser,

Cuja vigília jamais se encerra.

Vejo-te em meus sonhos transcendendo o vão,

Sempre ao meu lado zelando por mim.

Mãe é assim, explicita o verbo doar.

Mesmo distante intui-me a presença,

E quando pertinho transborda de amor.

Mãe é divina é poesia, verso, é prosa.

Não importa o nome, Maria, Joana ou Rosa,

É sempre uma flor que enfeita o recinto

Colore as manhãs perfumando-as de amor.

É guerreira, ela é Pró, ela sempre advinha o que sinto.

Clareia-me na escuridão.

Mãe é a reta traçada entre o céu e a terra.

A menor distância entre Criador e criatura.

Depois de Jesus, ninguém vai ao Pai senão por ela.

Mãe é a emissária de Deus em missão.

Ave mãezinha em natura.

Aveli Valdo Modesto

12/05/13 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

PALESTRA REGRESSÃO DE MEMÓRIA

PALESTRA REGRESSÃO DE MEMÓRIA COM NANA RAPADURA.

CORAÇÃO BOBÃO


Que chato esse meu coração.

Vez em quando acelera querendo perdão;

Quando em vez ele pára se alguém dá amor;

No entanto é um covarde diante  da dor.

Vou trocar de mal com esse bobão,

Não sabe nem dizer o que quer.

Está sempre escondendo o que sente.

Mesmo ferido de morte,

Se questionado ele mente.

Ele chora se alguém vai embora

Ai quanta falta de sorte.

Está sempre rendido ao amor que demora.

Em contenda ele perde, apanha e chora,.


Mas eu sei também quando é manha.


Ele quer me matar de vergonha,

Ou então quer matar-me de amor.

Que insensato esse meu coração;

Tal qual a tragédia Julieta e Romeu,

Morre sempre no fim da paixão.

Que ingênuo esse coração meu.

Ah! eu não quero mais esse infame;

Vou doá-lo a quem o acolher.

Queira Deus seja alguém que o ame.

Vou até fazer o liame,

Em matéria de amor ele é muito difícil

E ainda por cima costuma doer.

Apesar disso, coitado, eu não posso negar;

Ele tira de letra o ofício.

Vou doá-lo seja lá a quem for.

Qualquer um que o quiser receber

Eu só peço um grande favor:

Não faça o bichinho sofrer.

14/09/1981

Aveli valdo Modesto